Você sabia que todos os dias são retirados, em média, 400 kg de lixo do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre? Responsável pelo bloqueio destes resíduos, a Ecobarreira foi inspirada em um modelo americano e idealizada pelo presidente do Instituto Safeweb, Luiz Carlos Zancanella Junior. Na ativa desde março de 2016, o projeto é pioneiro na América Latina e já recolheu mais de 350 toneladas de lixo flutuante, que acabariam poluindo ainda mais o Lago Guaíba. No início de 2017, contamos esta história aqui.
Passados um ano e nove meses desde a instalação, a barreira ecológica vem cumprindo o seu objetivo de reduzir o lixo depositado no Guaíba. Porém, este foi apenas o primeiro passo de uma ação muito maior, que busca trabalhar e difundir a educação ambiental.
A novidade é que, no último 15 de dezembro, o Instituto Safeweb, em parceria com o Centro de Educação Ambiental Vila Pinto (CEA) e o patrocínio da Braskem, lançou o Programa de Visitas Guiadas à Ecobarreira Arroio Dilúvio. O evento reuniu autoridades, especialistas e formadores de opinião para mostrar de perto a realidade que envolve o lixo que geramos. Na ocasião, os convidados percorreram o trajeto de ônibus, com paradas no Centro de Triagem Vila Pinto, no bairro Bom Jesus, e na Ecobarreira, próxima à foz do Arroio Dilúvio.
A visita foi uma simulação do que o instituto pretende realizar nos próximos meses. Com o intuito de desenvolver a educação ambiental entre crianças e adolescentes de instituições públicas, as visitas guiadas irão contemplar escolas estaduais e municipais, de Porto Alegre e Viamão, municípios por onde passa o Arroio Dilúvio, e devem acontecer a partir do início do ano letivo.
“A nossa ideia é que não seja apenas um passeio. Nós iremos dar todo um suporte para os professores, para que eles estejam preparados para o dia da visita e para que possam desenvolver atividades em sala de aula a partir do que foi visto aqui. Também iremos acompanhar os resultados dessas atividades, transformando as escolas em locais coletores de plásticos e latinhas, colaborando com a unidade de triagem e evitando que esse lixo pare no Dilúvio”, explicou Cristiane Ostermann, consultora do Instituto Safeweb que desenvolveu o projeto das Visitas Guiadas.
Responsabilidade empresarial e ambiental
Conhecida por sua atuação responsável no setor químico e petroquímico, a Braskem coleciona projetos de educação ambiental, sustentabilidade e de compromisso com a comunidade. Há 15 anos no mercado, se dedica a apoiar ações que estejam alinhadas ao seu negócio e ao propósito de melhorar a vida das pessoas criando as soluções sustentáveis da química e do plástico.
“Com o Programa de Visitas à Ecobarreira, nós vamos mudar e contribuir para toda a cadeia, que vai do cidadão que tem a responsabilidade de separar o seu resíduo e de não jogar resíduo no meio da rua, até o final, quando esses materiais podem ser revalorizados como produtos novos, contribuindo para o meio ambiente e para o futuro”, comemorou João Freire, diretor de Relações Internacionais da Braskem.
Responsável pela realização da Ecobarreira, a Safeweb arca com um investimento mensal para a manutenção estrutura. A empresa conta com o apoio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, do DMLU e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade, que fazem o recolhimento diário do lixo retirado pela barreira ecológica.
“Sempre me incomodou trabalhar na consequência, para mim isso não era o bastante. Estou muito feliz, porque agora vamos trabalhar na causa, promovendo ações mais efetivas de educação ambiental”, afirmou o diretor do Instituto Safeweb, Luiz Carlos Zancanella Junior.